Primeiramente vamos começar com uma premissa importante, o processo do desenvolvimento mediúnico nunca termina, sempre temos coisas novas a aprender e desenvolver visando o aprimoramento, para que possamos cada vez mais ajudar as pessoas, os espíritos e a nós mesmos.
Esse é o caminho que nós, como médiuns que trabalham visando o amor e a caridade, precisamos seguir, assim sempre teremos o amparo da luz e das 7 forças divinas. Esse objetivo por si só, já nos traz uma segurança em nosso trabalho, porque enquanto tivermos trabalhando com humildade e amor nas forças de Oxalá sempre teremos o amparo da luz.
A insegurança do médium normalmente está ligada ao medo, que é um sentimento de defesa natural, que é provocado pelo desconhecido. Nisso já identificamos uma das principais maneiras de reduzir o medo e a insegurança, o estudo, a leitura e podemos incluir práticas de autoconhecimento como meditação e práticas mediúnicas com evocação e controle energético.
Essa insegurança é aceitável e comum, pois está se vivenciando algo bem diferente do ordinário da vida material.
Mas algumas vezes a insegurança acaba perseguindo os médiuns durante todo o processo de desenvolvimento. A insegurança é algo até saudável, pois mantém nossos pés no chão e não vamos querer criar algo que não existe, como muitas manifestações teatrais que vemos por aí. Contudo quando a insegurança é em excesso, acaba prejudicando o processo mediúnico.
O ideal é que consigamos, assim como tudo, encontrar o equilíbrio entre a insegurança e a segurança!
A chave para incorporação está dentro de nós mesmos, não depende do guia.
O momento da incorporação, é o momento de interação e parceria entre você e o guia. Nesse processo o Líder dessa parceria é o guia e se a sua cabeça estiver muito bagunçada, com muitos pensamentos, sem foco, fica mais difícil escutar a outra cabeça (A do Guia). E ai vem as incertezas, “Será que sou eu ou o Guia?”, “Todo mundo incorporou e eu não”, “O que faço?” e etc. Precisamos nos acalmar, focar no trabalho e firmar a mente, em outras palavras: Devemos deixar a entidade trabalhar!
O caso mais emblemático que vemos são os de animismo e mistificação, que podem ser graves para o médium, para o consulente e também para a casa espiritual. Esses 2 casos normalmente podem ser facilmente identificados por videntes e pelo guias chefe da casa.
Sobre o equilíbrio, não há uma dica fácil para seguir nesses casos, o mais indicado é sempre manter o trabalho caritativo, sem interesses financeiros, sem ostentações e sempre combatendo nossas paixões inferiores. Temos que ter a ciência de que estamos trabalhando com um espírito para o bem de todos e não para que sejamos exaltados como Santos ou Heróis.
A mediunidade é um bem precioso e quando bem trabalhada irá proporcionar a você muita felicidade intrinsecamente, sem necessariamente alguém ter que exaltar suas façanhas. Até porque não são suas, são dos guias através de você.
Caso você se encontre com muita insegurança, converse com seu dirigente e tente fazer exercícios de meditação e alinhamento de chakras.
Também pode ocorrer o processo inverso, o excesso de confiança. Nesse caso é onde veremos os “supermédiuns” com suas façanhas intermináveis. Porém aqui notamos o claro desvio da finalidade mediúnica, onde possivelmente os mentores – de fato – não conseguem mais se manifestar. Vamos encontrar médiuns que falam sobre a vida conjugal alheia, tentam adivinhar o futuro, sugestiona que possíveis traições estão ocorrendo e até mesmo quanto tempo de vida ainda resta a alguém. Devemos tomar cuidados nesse caso também.
A vida do médium é cercada de reflexões, devemos estar sempre em profunda meditação sobre nossos atos e nossos aprendizados. A nossa mediunidade, é muito mais para nos ajudar (no caso evoluir moralmente) do que ajudar aos terceiros, pois quem ajuda os terceiros são os mentores, através da nossa parceria.
Médium iniciante, entenda que não há problema nenhum em errar, no momento. É por isso que você está em desenvolvimento. Para aprender e lapidar suas capacidades mediúnicas.
O desenvolvimento acontece de forma natural. Deixe o tempo amadurecer suas percepções. Não há motivo para pressa, o caminho é longo. Mesmo quando você começar a participar do atendimento, você continuará em desenvolvimento. Na hora certa, a espiritualidade traz o que for preciso para você.
Para combater o medo, busque o conhecimento. E atualmente, mais do que nunca, a informação está disponível. Existem tantos livros, blogs, grupos, canais, sites, cursos falando sobre Umbanda e espiritualidade. Tudo isso vai enriquecer a sua visão e trazer luz para algumas dúvidas e inseguranças. Mais do que isso, busque aproximar-se dos dirigentes e mais velhos de sua casa. Escute-os, eles têm muito a lhe ensinar.
Saiba que você não precisa entender tudo. Para muitas perguntas, não haverá respostas. É preciso ter fé nos guias. A espiritualidade é sábia e sabe o que faz. Deixe que ela conduza a sua caminhada no grande universo da mediunidade. Entregue-se aos guias e Orixás e não fique se torturando, questionando-se se é você ou o seu guia. Os dois estão presentes. Apenas deixe fluir o que sentir.
Não se apegue a sinais exteriores. Você não precisa tremer, suar, gritar, entortar para confirmar que a entidade está ali.
Mantenha os pés no chão. A espiritualidade é invisível aos olhos, mas sentida no coração. O objetivo não é a autoafirmação, mas o exercício da caridade a todos que procuram.
Saravá a todos!
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